7 de novembro de 2007

olha pra mim

olha,
olha pra mim.
não,
não me olha assim.

quero teu olho no meu
meu lábio no seu
palavras, susurros

para,
espera assim.
era você,
que faltava em mim.

quero ser pedaço
do sorriso e abraço
ser sonho seu

canta,
canta pra mim
os versos nossos
que nos deixou assim.

um gole


pra destilar o sono

outro pedaço

eu queria ser mais verborrágico, só pra sofrer um pouco menos com debates internos intermináveis.

pedaço

fazia tempo que eu não parava dois minutos pra escrever.


na verdade acho que fazia tempo que eu não parava.
não parava pra pensar, sentir, organizar.


eu ando muito desorganizado.
não sei o caminho certo das idéias, não sei onde estão minhas meias, e não sei do que vai ser.


vou parar pra me organizar, assim que der tempo.

3 de outubro de 2007

.zip

não entendo o que as mensagens querem dizer.

mas será que sou eu quem deve descobrir?


fujo.
eternamente fugaz.

fôlego

Me sinto cansado, tonto e sem ar.
Deve ser culpa da fumaça, do calor, e dos pensamentos pesados
que eu insisto em ter.
Acordei com a vontade de ficar quieto no canto, de não olhar
nos olhos e de não precisar planejar.
Me sinto insatisfeito.
E não deveria.
Me sinto inadequado.
E não mudo.
Como todo mundo diz, tenho tudo para ser feliz.
Até consigo.
Mas daí, nas horas que o joelho lateja e os olhares
desencontram.
E a paciência se evapora, e mesmo assim uso o que me resta para
engolir os mais gordos sapos.
Surge sentimento descabido de querer mais do que mereço.
Estático, enlouqueço, entristeço.
Ao mesmo tempo não tenho do que reclamar.
Talvez do vento
que cisma meus olhos secar.

22 de setembro de 2007




[em breve]






25 de agosto de 2007

lavanda

vou tirar uma foto 3x4 e grudar na sua carteira
pra você fingir me levar onde queira
vou gravar um cd com minha voz e meu riso
e você vai rir com tanta bobeira
vou desenhar um anjo pra você entender de auréolas
e da assimetria da cabeça e asas
vou demonstrar no papel que o coração
é inconstante, mas pulsa por querer
vou colocar em palavras meu desejo de ter por perto
e assoprar num balão meio fôlego meu
pra colocar na bolsa, e lembrar que parte da minha vida anda contigo
vou considerar sair finais de semana
e não dormir pra escrever pra você
vou subir num pé de manga, e quem sabe fazer a casinha que não deu certo
vou construir, criar coisas
com você ao meu lado é "so easy"
e vou pular no caminho
quando achar que te machuco com meu carinho

23 de agosto de 2007

pausa pro café

é muito mais fácil falar da dor que da alegria
é muito mais fácil falar do amor que surgia
é muito mais fácil falar antes ou depois que sentia
difícil é falar quando o bem-querer é todo dia

pra mim?
difícil é falar.
e do silêncio, eu sorria.

2 de agosto de 2007

desenhada em mim


desenhou na minha mão

um sorriso gigante

fez um gesto simples

ser o motivo do meu riso

da alegria de sorrir sozinho


se prestar bastante atenção

ainda vê o resto de tinta

do sorriso quente que deixou em mim

e não há sabão que apague

nem tempo que desbote


é tinta, sorriso e encanto que gravou em meu coração

27 de julho de 2007

do estoque de folhas mortas


são do pacote de folhas mortas
de palavras não ditas
do incoveniente desejo de querer
dos estralos que as folhas secas fazem ao vento
e do som agudo que as palavras sem rima espalham
que vem toda essa vontade de esconder.

quero. amar.
ter.
ver. você.
folhas secas que ganham brilho e vida
nesse pedacinho seu em mim
nesse nosso segredo de dizer palavras não ditas.

e que se faça primavera em pleno inverno.

22 de julho de 2007

outras palavras


palavras que sopram

palavras que querem

palavras que não dizem

o querer da palavra quieta.

palavra tímida.palavra que intimida

encomoda, grita.

palavra que desenha e cria

suspiro quente, palavra fria.


o sentir que faltam palavras

palavras sem sentido

e palavras inpiradas,

pra dizerem do olhar, do riso

e explodirem significado

palavras que querem bem

palavras que dizem "vem!"

palavras pra trazer pra perto

camufladas em simples disfarce de palavras.

21 de junho de 2007

e q u i l i b r i o

não há quem consiga passar
sem olhar
quebrar o pescoço, admirar
ela é imã pros olhos
é cor caramelo, castanho e verde
é sorriso gigante e gargalhada
é perder equilíbrio na beirada
e pedir ajuda pra voltare
se sentir mais leve sem chinelos
e perder esparadrapo do dodói de leve
e não enxergar o esparadrapo no halls de melancia
(que de fato não havia)
é sentir voltar.
voltar a sentir.
quanto encanto é esse!
me faz sorrir.

18 de junho de 2007

...

a gente quer colocar tudo em palavras.
mas as palavras querem se colocar no lugar de tudo?

não.



e o silêncio nessas horas faz bem.

e uma hora passa...



passar bem.

12 de junho de 2007

sinto!

[Olhe para mim

Sinto frio

O chão gélido corta minha pele
A dor desanda meus pensamentos
Tremo
Já não sinto meus pés congelados pela brisa
Aqui, invisível sobre a lajota quadriculada
Balbucio, peço ajuda

Sinto medo

Enxergo apenas a janela estilhaçada
E em meio a névoa vejo o brilho do luar
refletido nas mínimas gotas de chuva
que molham meus lábios

Sinto a chuva

A fina garoa despedaça minha pele quebradiça
Cada milimetro de água atravessa minha carne
Umedece e faz arder toda ferida
E a água absorvida agora é sangue
Vida nesse corpo desolado, entristecido

Sinto fome

Mas não posso me mover neste estado
Me contorço, me esforço e não me movo
So alcanço o meu rosto em pedaços
Agarro meus olhos,
e com minha boca esfomeada os devoro

Sinto alívio

Estou tranquilo embora cego
Tudo para não ver esta neblina acinzentada
Sossego da memória e lembranças tenebrosas

Sinto sono
Durmo

Não sinto nada
Nem meu coração]

11 de junho de 2007

distância

se for ver do google earth
essa semana vai estar lá
um corrente bem brilhante
entre gramado e campo grande.
numa ponta um tanto de saudade,
vontade de ir junto, o apego
a vontade.
e lá do outro canto, cheia de felicidade
moça do coração que encanta,
conhecendo gramado, A cidade.
e essa corrente ninguém rompe
não há distancia que a quebre
é sentimento forte e tanto,
que ela pensa, sente.
e ele, do outro lado, escreve.

9 de junho de 2007

pow!


sorriso

agudo


angustia

revolta

interrogação
pensar

sem sentir

ferir

ácido
no olhar

família
grito contido
explosão


coração despedaça no


ar


espalha

palavras

flu tu



antes

7 de junho de 2007

Só?!


[mais charlie brown do que nunca ]

6 de junho de 2007

"se"




se a lágrima não cristaliza
e o sangue não coagula
se o coração não petrifica
e o sentimento não dissolve
se do sonho não acorda
e do desejo não foge
se o encanto não acaba
e se você fala, esconde e morde

um dia eu te digo
o quanto me encanta
um dia eu te peço
uma viagem só nossa
um dia, bem breve
quanto tudo tiver certeza sobre tudo
e se "se" não for duvidoso ou muito
a gente se entrega.




até a lua não consegue dormir
com a demora pelo momento certo

2 de junho de 2007

o que sobra da sombra





.





vi minha sombra desenhada na parede.
mancha negra, grafitti de alma nos tijolos à vista.
eu me movia, mas a sombra continuava estática.
congelada. fazia pose para ser admirada.
queria uma fotografia. queria se desgrudar do corpo.
a sombra se agitava. mas não me seguia.
gritava por liberdade. se pudesse, fugia.
mas tinha um coração que grudava tudo. não permitia.
um corpo sem sombra, um amor sem a luz do dia.






.








[imagem, releitura de Leaned por Marie Bertrand]

30 de maio de 2007

água em pó

pra levantar e beber água, 17 passos, 3 goles.
matar a sede, tirar o gosto de tempo da boca.
enxarcar as palavras, diluir, espalhar.
gotículas daquilo que deve ser dito fogem no riso.
água gelada pro corpo quente. gela a matéria, esquenta a mente.
água quente pro chá de noite. aquece as mãos, chama o sono.
quero água pra molhar o rosto. umedecer os lábios ressecados de vento.
água do coco,da fruta. pra sugerir o passeio, o encontro.
água que motiva a conversa, a prosa. água, erva e cuia.
pra se sentir mais leve, fingir-se puro, água cristalina.
água e sal. lágrima. onda e mar. soro caseiro.
água e flor. pra fazer a vida. pra trazer a cor.
e na aquarela, água pra fazer a graça. virar arte.
quero chover. e quero que chova.
quero água pra molhar o pé, a meia e a terra.
e cobertor quente pra secar o sal da chuva.

28 de maio de 2007

é.

acabou a rima.




mas eu ja tenho outros tantos versos que só esperam o momento certo pra te escrever.

19 de maio de 2007

I-tunes

ensaio as frases pra te dizer
imagino tudo acontecer
mas a lua invisivel
não te deixa saber
meus sentimentos
que fingem não transparecer
não somos só amigos
pois amizade nao basta
amigos nao se olham
e no olhar encontram calma
esboço da alma

somos algo mais.
nao somos nada.
se faltam as palavras
não é porque não as sinto.
na verdade, só espero a certeza
de que todo sentimento
não vire do desentendimento, motivo.
quero estar errado
ao achar que o encanto evapora
quero que o sorriso continue
que o riso não vá embora
e perceber em você
toda felicidade de quem ama.
para que a espontaneidade do abraço
venha da vontade de estar perto
e o o encontro de lábios
surja do contentamento do silêncio
e que todo sentido e sincronia
cresça de ambos.

12 de maio de 2007

andança

...meu maior desejo nesse momento é o de sair por ai, andar sem caminho, sem querer passar pelo parque, sem te ver esbarrar em vc, sem graça olhar pra vc, encontrar seus olhos. sentar. tomar água de coco. conversar. deixar mais reais os sentimentos que sinto. te mostrar em gesto, olhar, o que palavras escritas apenas esboçam. um minuto eterno pra me perder em seus olhos. e quem sabe cantar. e juntos continuarmos a caminhar. desejo imenso de conseguir meu coração te mostrar, a coragem chegar...

8 de maio de 2007

mudamudo

[...]

não sei o que é certo
mal sei parar reto
postura e palavras faltam
comentários maltratam

quem é próximo tem o controle
muda pro canal nove
faz chiado, faz ruído
imagem ruim que não se move

falta um pouco de atitude
um punhado de emoção
faltam bons talentos,
falta tudo, falta o chão

o problema está no pânico
no meu nível social
não tenho amigos, nem tenho fala
onde está minha cara de pau?

queria eu ser como muitos
sem defeitos, liberdade
queria ter bons costumes,
contatos, qualidades

não dá pra mudar tudo
nem sei se é o caso
nem imagino o que não possa mudar
para tentar te agradar

[...]

7 de maio de 2007

.princesa.

.

era de um conto de fadas
que surgiu aquela princesa
não era encantada, mas encantava
flutuava como borboleta

tinha olhos que brilhavam
quando a luz do sol neles batia
e que serenos ficavam
quando a lua refletiam

era alma cor de rosa
dourada, verde e vermelha
era canto, verso e prosa
era de fato uma princesa

tinha lembraças escondidas
e risos a toda hora
tinha carinho e calma
lágrimas secas, aurora

via felicidade em amoras
e caminhava descalça na grama
corria, saltava, girava
mas sempre elegante, uma dama

princesas de verdade
são donas de um reino inteiro
e essa princesa que falo
é dona de um grande coração verdadeiro

mora no alto de um angico branco
desenha figuras no céu
destaca as folhas dos galhos
e joga-as ao vento, a dançar

faz valsa, blues e salsa
ensaia passos delicados entre as folhas
inventa, começa a girar
duas voltas e fica tonta

descansa e toma fôlego
é princesa que não se cansa
quer as nuvens alcançar
e do alto, fazer brilhar as estrelas

.

4 de maio de 2007

[/shit]

"shit happens"
[surrupiado da dê, que surrupiou da claudia]

. me agonia a sensação de que pessoas ficarão pra fora. e que eu não poderei fazer nada.
e mesmo sem culpa me sentir culpado. por criar aflição e revolta. desilusão.
torcerei pela vitória. mas sem criar expectativa, pra não aumentar a derrota .

. disritmia .

. palavras escritas com a mão canhota .

2 de maio de 2007

jujubas verídicas

[...]hoje o dia não foi com a minha cara. acordo tarde, com gritos de alguém que acordou mais cedo que eu. zoró fico. recebo instruções para uma missão: comprar creme de leite. a emoção da missão rapidamente chega, a adrenalina aumenta. em cinco minutos o creme de leite (de latinha!!!) já estava nas mãos da cozinheira. e graças a mim tivemos macarrão. delicioso macarrão. e mil tralhas de louça suja empilhadas para lavar. a voz mista de ódio e vingança me dá uma nova missão: limpar a pilha suja de louça de macarrão. até aí estava divertido. então dormi. (de novo!). acordei e comi jujuba. E RAIOS. peguei logo a jujuba roxa. é... tudo conspirou contra mim. veja só!quer dizer, tudo não. só a jujuba. [...]

30 de abril de 2007

stairs

[Stairs Montmartre Paris por Brassaï ]
preto e branco, o infinito não sente o ausente. ultrapassa, corta a solidão da noite sufocante

Segredo

[eu prometi dedicar o seguinte texto a uma pessoa especial. mas idéias não apareciam, talvez um curto circuito mental. então as frases desconexas que apresento agora são de uma série de textos guardados na gaveta, há pelo menos 20 dias. textos esses que só eu e a lagartixa que mora no meu quarto conhecíamos]


Éramos tão parecidos.
Intimidade não havia
mas se criava.
O tempo não parava
mas se freiava.
E teu sorriso encantava.
Cantava.

Música de amor e sentimento
em teus olhos pairava.
E até nisso nosso pensamento
se assemelhava.
Pensamento de filosofar
na madrugada.
Inventar personagem, história, piada.

Encontrei alguém pra amar.
E faz tão pouco tempo que isso aconteceu,
Você cantou Los Hermanos e eu entendi.
Foi a primeira noite que fez frio, ventou, neste outono.
E eu achei engraçado sentir ciúmes do seu bubblegum do paraguai.
E agora lá vou eu brincar de amor platônico.Sem rimar com nada.

Vontades II

suas palavras me davam vontades, vontade do céu, de morder a lua.e queria abocanhar da lua uma mordida inteira, pedaço brilhante de astro de esperança verdadeira. mas só consegui estatelar os dentes ao confundir a lua com um punhado de ar. ar de fôlego. de parar no tempo e suspirar. de sentir a lua iluminando a face. e deixando a vontade me controlar.
suas verdades me davam vontades. e seu jeito me dava vontades. suas vontades me davam vontades. e eu sem folêgo, sem lua, sem ar. da sorte só me restava, um pedaço de suas palavras arrancar. e guardar.
vontade aquietada por palavras de vontade aguçada. força de vontade. vontade de amar.

Um pensamento


Em cada fato
Uma memória
Em cada lembrança
Uma história

Em cada palavra
Um sentimento
Resumo assim a vida
Onde o sentir cria o momento

E o passageiro
Se torna intenso
E o
curto
Se torna extenso

E o
rotineiro
Se torna único
Pois o amor se faz
Eternamente mágico

Vontades I

Tenho a vontade de sumir
pra ver se tudo melhora.
Me sentir a vontade pra rir
e fugir na melhor hora.
Vontade de reconstruir
a amizade de outrora.
E bem de fininho sair
a vontade ir embora.