17 de dezembro de 2008

revolucione seu verão!


pegue seu minute maid laranja caseira (porque só o suco de caixinha tem o sabor inigualável do conservate escorbato monosintético de sódio) e divida o conteúdo da embalagem em cinco forminhas para picolé. leve ao congelador por uma madrugada.

reserve o restante do suco.
na manhã seguinte retire os picolés das forminhas, segurando-os pelo palitos. leve-os a boca ainda gelados e sugue-os com toda a força, para retirar o sumo doce e saboroso do suco até que reste apenas um grande bloco de gelo de coloração branca. 
perfeito! este bloco sem gosto nem cor agora passará por um processo de reaproveitamento.
despeje sobre o fantasmagórico picolé o restante do suco da embalagem. não se preocupe em se sujar. faz parte do processo. caso o picolé caia do palito neste nível do processo, não perca a esperança. você ainda possui quatro forminhas no freezer esperando suas tentativas e deleites. provavelmente, nas próximas tentativas seja mais adequado mergulhar o picolé de gelo em um copo com o restante da bebida. ou mais legal ainda é oferecer seu DELICIOSO picolé de limão, ao vizinho da casa ao lado. 


outra possibilidade é sair pela casa gritando: MÃE, VI A POMBA DA VIZINHA NA JANELA!! 
e esquecer esse lance esquisito de picolé de laranja.



16 de setembro de 2008

03:17

três e dezessete da manhã

o sono precisa passar
gotículas leves de pensamento
escorrem pelo vidro do carro
(suspiros condensados)

as luzes das casas transpassam a névoa
e ofuscam o retrovisor
limito-me à linha reta
vejo a frente, nada vejo

a distância ainda é longa
e o destino inexato
sigo o fluxo, o tráfego
e me guio pelas estrelas

seu sopro, sua brisa.
mesmo longe, quero-te por perto.

calamistra-se

A trágica vida da moça do cabelo calamistrado.

A moça do cabelo calamistrado passava os dias deprecando por um guriguaçu pro almoço. Seu jeito de achamboada deixava claro que há dias não manducava nada. Sofria de ozostonia e ninguém com ela queria falar.
Para sobreviver virou ganhadeira, mas nunca se dispôs a qualquer atividade salaz. Era brasileira, moça de família, e estava coarctada as suas expectativas e ao que a terra lhe oferecia.
Cansada de tanto trabalho sobernal e devido a sua gravissima Ozostonia, só abria a boca para oscitar ou lavar a garganta com um gole de minduba. E de boca fechada, e o corpo em popuca, adquiriu um terrível vício, da quilofagia. E ficou com o rosto tão feio, que teve de viver a vida usando um bioco, para que as pessoas não achassem que ela estava o tempo todo fazendo careta.

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Traduzindo:

A moça do cabelo crespo passava os dias suplicando por um bagre grande pro almoço. Seu jeito franzino, deixava claro que há dias não comia nada. Sofria com mau hálito e ninguém com ela queria falar.
Para sobreviver passou a fazer qualquer tipo de serviço, mas nunca se dispôs a qualquer atividade impura. Era brasileira, moça de família, e estava limitada as suas expectativas e ao que a terra lhe oferecia.
Cansada de tanto trabalho excessivo e devido a seu gravíssimo mau hálito, só abria a boca para bocejar ou lavar a garganta com um gole de pinga. E de boca fechada, e o corpo frágil, adquiriu um terrível vício, de morder os lábios. E ficou com o rosto tão feio, que teve de viver usando um capuz, para que as pessoas não achassem que ela estava o tempo todo fazendo careta.


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Facilitando as coisas
(uma criança contando a historia)

A moça do cabelo toin-oi-oin queria pelo menos um peixinho pro almoço. Ela tava magrinha, não comia nada. E ainda por cima tinha um bafo de leão que não deixava ninguém falar com ela.
Pra ganhar dinheiro, fazia qualquer coisa, desde passar roupa até cuidar de criança, mas nunca fez safadeza não. Era moça direita e se contentava com pouco.
Trabalhava muito, e daí ficava muito muito muito cansada. E tinha o bafo fedido também... daí ela ficava com vergonha e não abria a boca pra nada. Só pra bocejar quando tava com sono, ou quando ia fazer o gargarejo de pinga pra ver se o bafinho sarava. Mas ela ficava com tanta vergonha que começou a morder os lábios. Mordia tanto, toda hora que começou a machucar tudo. FIcou feia! Teve que começar a viver todo dia com um capuz na cabeça pra que ninguem achasse que a cara feia dela era careta (risadas)
...foi isso que eu entendi né... (risadas)

sobre Citadels


se fez assassino e exterminou os ladrões. e ao tempo que restou construiu sua cidadela. e de tempos em tempos era mercador, bispo e arquiteto, tudo para que o desenvolvimento reinasse sobre sua terra. era ouro que queria, montanhas de ouro. não só em moedas, mas a coroa do rei. queria a majestade, queria o inicio do turno, queria as melhores escolhas. queria poder ser o mestre de guerra, e destruir, uma a uma as construções de cidades vizinhas. não, desde o princípio não tinha as melhores intenções, tinha as melhores táticas. e uma ou duas cartas na manga.

nemésegredosecreto

todos nos olham como se houvesse um segredo.
comentam, elogiam. invejam.
temos nosso mundo, nosso tempo e nosso código secreto de caretas, risadas e vontades.
e transparecemos, irradiamos e temos.
tudo isso que imaginam, querem, desejam.
somos sim, perfeitos.
é amor, não é segredo.

9 de setembro de 2008

amo

te ter por perto.

segredo.

Ainda ensinarei que os grandes segredos se escrevem ao contrário, para que só possam ser lidos quando em frente ao espelho.


!UIRAPOEUQATUP


não dá leitura?

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--ufa!--

4 de setembro de 2008

E quando eu não assisto: Closer


Whaaaa!

Eu me lembro vagamente deste filme!

Um bando de gente louca e verborrágica acha que tudo é sexo, dinheiro e amores que dão errado.
E talvez me convenceram que é mesmo.

Ainda bem que minutos depois eu tinha esquecido de todo o filme, até do que tinham me convencido.

Eles são loucos.
INSANOS.

é legal pra ver isso. conflitos, falta de razão, emoção, incerteza.
pra depois achar algo muito mais sutil pra assistir e ocupar o espaço dessa tentativa de transcrição da realidade.

leveza é muito mais real.
e a realidade é muito mais quieta.

assistir isso é chegar perto demais das pessoas erradas.


(dica idiota: olhe fixamente para o poster do filme, sem desviar o olhar, por 30 segundos.
pronto!
a imagem se transforma num único rosto, com (OMG!) QUATRO OLHOS!!! é quase um monstro)

3 de setembro de 2008

E quando eu assisto: Um lugar chamado Notting Hill


Boas memórias, inveja, risos e vontades.
Tudo isso transborda a mente, querendo instantaneamente que eu pule, invada um jardim.

Sim, o jardim!
mesmo tanto tempo depois de ver o filme eu ainda lembro do jardim.
eles invadiram um jardim. o mais lindo de todos os jardins no MUNDO.

ja não tenho plena lembrança do roteiro, mas não vou me esquecer do jardim escuro. romântico. e fundamental pra me fazer apaixonar pelo filme.

e as ruas lotadas de portinhas que dão vontade de entrar. e casas que dão vontade de morar.
é tudo encantado. e as cores se encaixam.

a não ser é claro, que eu tenha confundido o filme de novo.
ahhh minha memória.

seja lá o que for, esse filme é supimpa, mas se não tiver esse jardim que eu to falando, ia ficar muuuuito mais supimpa com um jardim assim!


(pesquisando pela foto pra ilustrar o post, (é de uma ruela de Notting Hill), o lugar existe de verdade, e pra minha felicidade, é cheio de jardins. Lindos jardins encantados.)

24 de julho de 2008

12 de junho de 2008

denise


você.
é.
o.
que.
faltava.
em.
mim.

e eu sou bem melhor assim.

já consigo entender você, descobrir você, desvendar você.
meus motivos são seus. seus pensamentos são meus.
e a gente nem percebe.
a gente é só encanto.


obrigado vida.
por ser minha.
minha vida.

16 de maio de 2008

diz três palavras.

esquece.

modifica.

diz de novo.


ama.


assim, desse jeito estranho

soprando

olhar,

26 de abril de 2008

.

ô jeito injusto do mundo andar.
fazer sofrer quem só soube amar

.








(hoje eu só quero que o dia termine bem)

28 de janeiro de 2008

.enamorados.

olhos nos olhos e não diz mais nada
entende todo centímetro meu
e traduz em sorriso nosso amor
é meu silêncio e minha gargalhada mais alta
é esse calafrio, arrepio de só abraçar
do brilho dos olhos a secura na boca
é nosso amor estampado em nós
me olha nos olhos pra me lembrar de viver
e faz parte dos meus sonhos e do meu levantar
é o pedacinho bom que reservaram para o mundo
é sempre, a melhor parte de tudo

olhos nos olhos, sem piscar, sem dormir.

mais que em palavras, eu posso sentir.

25 de janeiro de 2008

vai uma rede aí, galego?

Eu e namorada sentados num canteirinho em frente a uma loja no Paraguai.
Tentávamos descansar, da caminhada pelos becos escuros, barulhentos e empoeiarados das barracas paraguaias.
Sentados, já tinhamos assistido o paraguaio mambebe (?) tentar vender uma rede (dessas de dormir, onde os antigos escravos nasciam) pra uma turista brasileira. Ele ofereceu a rede, e ela se interessou. Pronto! Vi os olhos do paraguense (!) brilhar com o interesse. 300 reais ele proclama. Trezentos reais e a moça levava o pedaço de pano raro e valioso. Ela achou que era muito dinheiro. 300 reais ela comprava uma arma e duas garrafas de wisky, pensou ela. Fez cara feia e reclamou do preço. Um pouquinho de insistencia e ela sabia que o preço cairia razoavelmente. 150 reais, o paragua proclama! Uau, ela teria conseguido 50 porcento de desconto!
Pronta pra tirar a carteira do bolso e pagar, e levar a bela iguaria (?) pra casa, o paragua se manifesta novamente:"Mas quanto você quer pagar?". Era como se eu estivesse assistindo uma propaganda das Casas Bahia. A moça já inclinada a levar, observa atentamente o homem, e olha de novo sua futura compra. Era impossível não ter percebido a ponta inferior da rede, que com certeza já teria se arrastado por alguns quilômetros de ruas paraguaias e tinha uma tonalidade um pouco mais escura. Ela fita novamente o vendedor ambulante de redes de grife, e responde a curiosa pergunta: "Quanto eu quero pagar? Hum, 10 reais." Deu uma risada sarcástica, segurou firme sua sacola de compras, deu as costas ao vendedor e saiu andando.
Nem um pouco abalado o paraguaiano (?) vira para nós, espectadores da negociação, chega bem perto e grita: "Vai uma rede aí, galego?". Era claro, que se eu estava sentado em pleno paraguai, sem comprar nada, eu não tinha dinheiro. Muito menos para uma linda rede como aquela. Ele não precisou insistir muito, entendeu minha pobre situação. Eu que não entendi o que ele quis dizer com galego.

22 de janeiro de 2008

noite de paredão

eu televisivo que sou, cheguei a conclusão que:
pessoas tem alguma coisa contra rafaéis.
é fato.
brasileiro não gosta de rafael nenhum.
comprovado pela última eliminação do bigbrother.
os dois rafaeis na casa, logo assim dispostos lado a lado para serem eliminados.
é um sinal, é um sinal.
as pessoas não gostam, não toleram, abominaaaam.
ainda bem que eu já tenho quem me goste.


bbb é cultura. pop.
não me olha com essa cara de desaprova-mento-ção.

21 de janeiro de 2008

chuuuuuveu!



a chuva cai. despenca.

e vira um rio aqui em frente.

daí para.
o rio seca.


então chove tudo de novo e o rio enche-nte.
os carros atravessam o rio em alta velocidade, o que provoca deslocamento de água para a calçada maiores que a própria pororoca.

é um perigo para os pedestres
e para as calotas (polares?)


logo o sol volta, e o rio seca.
o que consequentemente me leva a pensar na vida no sertão.

nordeste, calango e chuva.

"nessas horas eu queria ser inglês e ter um guarda-chuva"

ploc ploc plong.
é a chuva falando que eu devo ir dormir.

tv é cultura. pop.

como uma pessoa pode ser parecida com alguém da tv e isso não ser nada bom?hauahuahuahahuahua
putz. essa tal pessoa é igualzinha a ugly betty.

minuto de silêncio.

(e como tem gay nesse seriado. pqp)

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continuando na tv.mtv e seu programinha nonsense enlatado.
um japinha manda adolescentes tontos fazerem provas por 100 libras cada.mas só ganham o dinheiro se passarem pela última prova que éee... bom, dolorosa.
tá certo que eu gosto de dinheiro, mas não fico 30 segundos com a cabeça dentro de uma caixa com peixe podre, muito menos passo minha lingua por comida de cachorro, cinza de cigarro e talco, não cubro meu corpo de urtiga e muito, muuuito menos amarro minhas partes baixas num cordão pra serem puxadas por algum contra regra masoquista por 1 minuto inteiro, com transmissão mundial da palhaçada.

e no final, o que são 900 libras?



tem gente que reclama do big brother! o.O
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e por fim, no último instante da minha sessão dominical televisivaos momentos surreias de Heroes.
fico triste por saber que eles estragam todo o resto no final, mas por enquanto é divertido.
deve ser pq eu sempre quis viajar no tempo e conseguir me curar.mais legal ainda é pintar ultra quadros surreiais com acontecimentos que realmente acontecerão.ou o negão que apaga a memória do povo.
é, eu sempre soube que não nasci pra ser normal.

eu deveria ter nascido herói \o/

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daí eu resolvi que era melhor desligar a tv antes que eu saísse por aí vestindo uma capa e saltando de muros tentando voar.

mania...

eu e minha mania de abrir o bloco de notas pra digitar.
ele não me limita, não tem espaços, erros ortográficos nem maíusculas automáticas.
é branco e letras.
nenhuma ação minha será modificada, pré-imaginada por um software errôneo.
eu e minha mania de não aceitar o pré-concebido e o imposto.
pra me sentir do contra. pra ser diferente.
e por achar muito esquisito que alguém fique reclamando incessantemente que você dá espaços em excesso nas frases.
eu e minha mania de exagerar.
exagerar nos espaços, no tempo e na paciência. exagerar nas palavras, no prato e nos elogios.
exagero que traz afeto e saudade. que não me deixa enxergar o certo. e que acaba me fazendo
exagerar no silêncio.
o mundo é quieto e tímido. as pessoas só falam contigo em troca de um sorriso ou um bom dia. pessoas que falam demais vão contra o mundo.
eu sou exagerado, e não aceito o imposto, mas falo pouco.
sou controverso, ao tempo de querer falar como o mundo, mas não andar como ele.
eu e minha mania de não ser acessivelmente comunicável.
talvez porque a contraversão me faz ser diferente.
mas também porque é estranho, catético e caótico (?) que seja uma obrigatoriedade (insustentável, diga-se de passagem) que as pessoas precisem se cumprimentar quando se veem.
sorrir quando se encontram. e serem gentis apenas porque se conhecem.
ois e bom dias não são sinceros, não dizem o que eu quero dizer e são como os parágrafos
automáticos do programinha de texto.
quem disse que eu quero esse espaço vago bem no início da
frase?
eu e minha mania de olhar pro nada, virar pro lado, quando vejo alguém.
eu não sou uma pessoa legal, e decidi parar de tentar parecer ser.
mas é tão dificil tentar mudar.