28 de janeiro de 2008

.enamorados.

olhos nos olhos e não diz mais nada
entende todo centímetro meu
e traduz em sorriso nosso amor
é meu silêncio e minha gargalhada mais alta
é esse calafrio, arrepio de só abraçar
do brilho dos olhos a secura na boca
é nosso amor estampado em nós
me olha nos olhos pra me lembrar de viver
e faz parte dos meus sonhos e do meu levantar
é o pedacinho bom que reservaram para o mundo
é sempre, a melhor parte de tudo

olhos nos olhos, sem piscar, sem dormir.

mais que em palavras, eu posso sentir.

25 de janeiro de 2008

vai uma rede aí, galego?

Eu e namorada sentados num canteirinho em frente a uma loja no Paraguai.
Tentávamos descansar, da caminhada pelos becos escuros, barulhentos e empoeiarados das barracas paraguaias.
Sentados, já tinhamos assistido o paraguaio mambebe (?) tentar vender uma rede (dessas de dormir, onde os antigos escravos nasciam) pra uma turista brasileira. Ele ofereceu a rede, e ela se interessou. Pronto! Vi os olhos do paraguense (!) brilhar com o interesse. 300 reais ele proclama. Trezentos reais e a moça levava o pedaço de pano raro e valioso. Ela achou que era muito dinheiro. 300 reais ela comprava uma arma e duas garrafas de wisky, pensou ela. Fez cara feia e reclamou do preço. Um pouquinho de insistencia e ela sabia que o preço cairia razoavelmente. 150 reais, o paragua proclama! Uau, ela teria conseguido 50 porcento de desconto!
Pronta pra tirar a carteira do bolso e pagar, e levar a bela iguaria (?) pra casa, o paragua se manifesta novamente:"Mas quanto você quer pagar?". Era como se eu estivesse assistindo uma propaganda das Casas Bahia. A moça já inclinada a levar, observa atentamente o homem, e olha de novo sua futura compra. Era impossível não ter percebido a ponta inferior da rede, que com certeza já teria se arrastado por alguns quilômetros de ruas paraguaias e tinha uma tonalidade um pouco mais escura. Ela fita novamente o vendedor ambulante de redes de grife, e responde a curiosa pergunta: "Quanto eu quero pagar? Hum, 10 reais." Deu uma risada sarcástica, segurou firme sua sacola de compras, deu as costas ao vendedor e saiu andando.
Nem um pouco abalado o paraguaiano (?) vira para nós, espectadores da negociação, chega bem perto e grita: "Vai uma rede aí, galego?". Era claro, que se eu estava sentado em pleno paraguai, sem comprar nada, eu não tinha dinheiro. Muito menos para uma linda rede como aquela. Ele não precisou insistir muito, entendeu minha pobre situação. Eu que não entendi o que ele quis dizer com galego.

22 de janeiro de 2008

noite de paredão

eu televisivo que sou, cheguei a conclusão que:
pessoas tem alguma coisa contra rafaéis.
é fato.
brasileiro não gosta de rafael nenhum.
comprovado pela última eliminação do bigbrother.
os dois rafaeis na casa, logo assim dispostos lado a lado para serem eliminados.
é um sinal, é um sinal.
as pessoas não gostam, não toleram, abominaaaam.
ainda bem que eu já tenho quem me goste.


bbb é cultura. pop.
não me olha com essa cara de desaprova-mento-ção.

21 de janeiro de 2008

chuuuuuveu!



a chuva cai. despenca.

e vira um rio aqui em frente.

daí para.
o rio seca.


então chove tudo de novo e o rio enche-nte.
os carros atravessam o rio em alta velocidade, o que provoca deslocamento de água para a calçada maiores que a própria pororoca.

é um perigo para os pedestres
e para as calotas (polares?)


logo o sol volta, e o rio seca.
o que consequentemente me leva a pensar na vida no sertão.

nordeste, calango e chuva.

"nessas horas eu queria ser inglês e ter um guarda-chuva"

ploc ploc plong.
é a chuva falando que eu devo ir dormir.

tv é cultura. pop.

como uma pessoa pode ser parecida com alguém da tv e isso não ser nada bom?hauahuahuahahuahua
putz. essa tal pessoa é igualzinha a ugly betty.

minuto de silêncio.

(e como tem gay nesse seriado. pqp)

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continuando na tv.mtv e seu programinha nonsense enlatado.
um japinha manda adolescentes tontos fazerem provas por 100 libras cada.mas só ganham o dinheiro se passarem pela última prova que éee... bom, dolorosa.
tá certo que eu gosto de dinheiro, mas não fico 30 segundos com a cabeça dentro de uma caixa com peixe podre, muito menos passo minha lingua por comida de cachorro, cinza de cigarro e talco, não cubro meu corpo de urtiga e muito, muuuito menos amarro minhas partes baixas num cordão pra serem puxadas por algum contra regra masoquista por 1 minuto inteiro, com transmissão mundial da palhaçada.

e no final, o que são 900 libras?



tem gente que reclama do big brother! o.O
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e por fim, no último instante da minha sessão dominical televisivaos momentos surreias de Heroes.
fico triste por saber que eles estragam todo o resto no final, mas por enquanto é divertido.
deve ser pq eu sempre quis viajar no tempo e conseguir me curar.mais legal ainda é pintar ultra quadros surreiais com acontecimentos que realmente acontecerão.ou o negão que apaga a memória do povo.
é, eu sempre soube que não nasci pra ser normal.

eu deveria ter nascido herói \o/

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daí eu resolvi que era melhor desligar a tv antes que eu saísse por aí vestindo uma capa e saltando de muros tentando voar.

mania...

eu e minha mania de abrir o bloco de notas pra digitar.
ele não me limita, não tem espaços, erros ortográficos nem maíusculas automáticas.
é branco e letras.
nenhuma ação minha será modificada, pré-imaginada por um software errôneo.
eu e minha mania de não aceitar o pré-concebido e o imposto.
pra me sentir do contra. pra ser diferente.
e por achar muito esquisito que alguém fique reclamando incessantemente que você dá espaços em excesso nas frases.
eu e minha mania de exagerar.
exagerar nos espaços, no tempo e na paciência. exagerar nas palavras, no prato e nos elogios.
exagero que traz afeto e saudade. que não me deixa enxergar o certo. e que acaba me fazendo
exagerar no silêncio.
o mundo é quieto e tímido. as pessoas só falam contigo em troca de um sorriso ou um bom dia. pessoas que falam demais vão contra o mundo.
eu sou exagerado, e não aceito o imposto, mas falo pouco.
sou controverso, ao tempo de querer falar como o mundo, mas não andar como ele.
eu e minha mania de não ser acessivelmente comunicável.
talvez porque a contraversão me faz ser diferente.
mas também porque é estranho, catético e caótico (?) que seja uma obrigatoriedade (insustentável, diga-se de passagem) que as pessoas precisem se cumprimentar quando se veem.
sorrir quando se encontram. e serem gentis apenas porque se conhecem.
ois e bom dias não são sinceros, não dizem o que eu quero dizer e são como os parágrafos
automáticos do programinha de texto.
quem disse que eu quero esse espaço vago bem no início da
frase?
eu e minha mania de olhar pro nada, virar pro lado, quando vejo alguém.
eu não sou uma pessoa legal, e decidi parar de tentar parecer ser.
mas é tão dificil tentar mudar.